Vídeo do soldado de Franca se comunicando com homem ferido em acidente ganhou repercussão nas redes sociais. Walker Sousa propõe desafio a crianças e ganha elogio.
A comunicação por meio da Língua Brasileira de Sinais (Libras) foi decisiva durante o resgate de um surdo que se feriu em um acidente da Rodovia Anhanguera (SP-330), em Leme (SP). A ação do soldado do Corpo de Bombeiros Walker Sousa acalmou a vítima e, já no hospital, evitou que o rapaz recebesse uma medicação da qual é alérgico.
O momento da conversa entre o soldado e a vítima foi gravado e publicado em 31 de janeiro na página do Corpo de Bombeiros (veja acima). A publicação atingiu 4,6 mil reações e 2,8 mil compartilhamentos.
Com a repercussão, o bombeiro resolveu pintar a casa dele em Franca (SP), o alfabeto e escolheu a frase “eu te amo” para ocupar o centro do muro.
“Eu acho que hoje em dia está faltando amor e quando as pessoas passam aqui direto batem na porta de casa para perguntar se eu dou aula de libras. Eu indico o lugar que eu faço curso e falo que se a pessoa quiser vir aqui a gente divide conhecimento”.
Importância do diálogo
Sousa lembra que a conversa por meio dos sinais ainda na ambulância ajudou na estabilização da vítima para que fosse feito o transporte para o hospital.
“No hospital, ninguém da equipe de enfermagem, da equipe médica, tinha noções de libras, então eles pediram para eu ficar lá para terminar de colher dados. Foi quando eu vi que ele tinha alergia a um medicamento que possivelmente seria aplicado”.
Desafio para crianças
Os vários sinais desenhados na casa do bombeiros contrastam e servem para chamar a atenção de quem passa pela rua, principalmente crianças. Sousa aproveita a oportunidade para estimular que os mais jovens se interessem pela língua.
“A criança que eu vejo que mostrou interesse eu chamo e proponho um desafio. Se ela fizer o nome dela em libras ela ganha um alfabeto e um brinquedo”, explica o bombeiro.
‘Ele é um modelo’
O bombeiro fez o curso de libras na Associação de Pais e Amigos do Deficiente Auditivo de Franca. A professora Izabel Alves Souza afirma que o bombeiro serve de exemplo para outros profissionais.
“É um modelo para outros profissionais. É muito bacana você chegar ao hospital e ter um médico [que sabe o idioma]”.
Fonte: G1