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Projeto ensina libras para alunos poderem se comunicar com colega surda em escola

Ao todo, 152 alunos participam das aulas. Projeto desenvolve habilidades de comunicação fora dos conteúdos comuns de sala de aula em escola de São Gabriel da Palha, Noroeste do Espírito Santo.

A chegada da aluna Valentyna Wolfgram, de 6 anos, mudou a rotina de uma escola municipal em São Gabriel da Palha, no Noroeste do Espírito Santo. A matrícula da estudante com deficiência auditiva revelou a necessidade de interação entre ela e o restante da comunidade escolar.

Nas aulas, Valentyna conta com a ajuda de uma intérprete, que explica os conteúdos. Mas a comunicação entre a aluna e os colegas precisava melhorar. Vendo essa dificuldade, uma professora resolveu criar um projeto de inclusão que ensina a Língua Brasileira de Sinais (Libras) para os estudantes.

Ao todo, 152 alunos participam das aulas, que envolvem jogos, teatro, poesias, histórias e música. O objetivo é desenvolver habilidades de comunicação e compreensão para além dos conteúdos ensinados em sala de aula.

Os resultados vieram rápido. Alessandra Wolfgram, mãe da Valentina, contou que após o projeto, a filha passou amar a ir para a escola, e até melhorou o comportamento fora da sala de aula.

A intérprete Rubiane Roque, idealizadora do projeto, destacou que os alunos receberam a iniciativa de forma gratificante. Nas salas de aula, a aluna agora socializa e interage com os colegas.

“Hoje, eles conseguem se comunicar, chamar a Valentyna para brincadeiras e ter uma socialização maior. A gente como o projeto foi importante para ela e para os outros alunos”, explicou a professora.

A família de Valentyna descobriu a surdez nos primeiros meses de vida. Aos quatro anos, ela passou por uma cirurgia de implante auditivo, que não funcionou como esperado.

Ela fez o implante coclear com quatro anos, mas ela precisava ser feita nos primeiros meses de vida. A cirurgia foi realizada para ela ter o privilégio de ouvir, mas os médicos não deram esperança dela falar

— Alessandra Wolfgram, mãe da Valentina

Com o sucesso do projeto, a Prefeitura de São Gabriel da Palha considera levar as atividades para todas as escolas da rede municipal.

Valentyna é uma dos 295 alunos surdos matriculados na rede pública estadual do Espírito Santo. Segundo a Secretaria de Educação (Sedu), embora não exista legislação estadual específica sobre o ensino da Libras no ensino fundamental, a educação inclusiva é prioridade, garantindo atendimento a alunos surdos em todas as etapas da rede pública estadual.

A Sedu esclareceu ainda que todos os alunos surdos matriculados têm direito a atendimento educacional especializado, com intérpretes de Libras, instrutores e professores capacitados, assegurando o acesso à comunicação e ao aprendizado em todas as unidades escolares da rede.

Fonte: G1

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