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Iniciativa foi selecionada pela Secretaria de Cultura de SP para participar dessa ação de inclusão às pessoas surdas.

Um projeto selecionado pela Secretaria de Cultura do estado trouxe ao Hip Hop a interpretação simultânea em Libras, a Língua Brasileira de Sinais. A iniciativa é um passo a mais que faz do Hip Hop essa cultura de rua que abraça todo mundo, sem exceção.

Não é tarefa fácil traduzir gírias e a linguagem popular das periferias, mas o esforço vale a pena e faz com que surdos entrem no clima do movimento.

“O Hip Hop foi um desafio para mim, porque a música, o rap, é muita rápida. Então eu tive que estudar a letra, entender a mensagem que ela quer passar para interpretar para eles”, afirma a interprete de Libras Claudia Dias.

O projeto “A Rua é Nossa” inovou na produção de um clipe de inclusão.“O resultado foi muito legal e a ideia de promover essa acessibilidade veio porque eu também sou professor de pessoas com necessidades especiais e a gente sabe que essas pessoas são as mais vulneráveis na sociedade. Então tudo o que a gente faz é pensando neles, fazemos legendas, audiodescrição, Libras, desde o início pensamos nisso’, explica o diretor do projeto Ricardo Fernandes Rodrigues.

A palavra é se permitir, e ver que tudo é possível. Há pelo menos 5 anos, a turma se reúne em um espaço público de Jaú. São 60 pessoas de diferentes bairros da cidade.

“A gente desenvolve ações em várias comunidades de Jaú com a arte, a música para crianças e a dança que é o nosso carro-chefe”, destaca Sandro Novaes, coordenador do projeto.

E no meio da turma está o estudante Otávio Del Bianco agora pode se integrar. Aprende alguns passos do breaking, entende a letra e a batida da música . O jovem de 19 anos é surdo e consegue se comunicar porque faz leitura labial e usa um aparelho no ouvido.

Adorou aprender mais sobre a cultura Hip Hop. “É muito legal porque a gente se sente parte da sociedade, não se sente excluído e passa a entender e gostar da música, mesmo não ouvindo”, conta o estudante.

Quem cria as letras nem imaginava que a música poderia ser ouvida e compreendida por tanta gente. “Para mim foi muito gratificante, porque foi o primeiro trabalho e já deu essa repercussão e isso só me motiva a querer fazer mais”, finaliza o MC Colmeia.

Fonte: https://g1.globo.com/sp/bauru-marilia/noticia/2019/11/24/projeto-promove-inclusao-ao-produzir-clipe-de-rap-com-interpretacao-de-libras-em-jau.ghtml

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