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Esportistas e delegação pagaram cerca de R$ 400 mil e representariam o Brasil na Surdolimpíadas de Tóquio; agora correm contra o tempo

Um total de 56 pessoas que representariam o Brasil na Surdolimpíadas de Tóquio correm o risco de não embarcar para a competição. Eles foram vítimas de um golpe aplicado pela agência de turismo que emitiu passagens falsas e sumiu com os cerca de R$ 400 mil pagos através de operações PIX, transferências e cartões de crédito.

Os 33 atletas surdos, entre eles jovens do ABC, e 23 membros da CBDS (Confederação Brasileira de Desportos de Surdos) agora correm contra o tempo para tentar reaver o dinheiro ou compensar a perda com a ajuda de patrocinadores. Caso não consigam chegar a Tóquio, além do trabalho de treinamentos e expectativas de sonhos realizados, cada atleta terá de pagar uma multa de 1,5 mil dólares pelo não comparecimento.

Casal Karen e Gabriel são acusados pelo golpe aos atletas. Foto: Reprodução
Casal Karen e Gabriel são acusados pelo golpe aos atletas. Foto: Reprodução

A história toda começou com uma conversa entre Ariadne Cristina Pelozzo Silva, mãe de Felipe Perrud, morador de São Bernardo e atual campeão brasileiro de badminton, com uma colega de trabalho em um salão de beleza. A cliente que estava sendo atendida no momento da conversa era Karen Fernandez Pohl, que ofereceu condições de descontos especiais para vender as passagens ao grupo.

Além de Felipe, outros atletas e membros da confederação também fecharam com as agências de Karen, a Cap Ferrat Viagem, CF Viagens Ltda e Karen Pohl Viagens e Turismo Ltda. A promessa foi de que as passagens seriam emitidas no dia 15 de outubro, mas nada além de vouchers falsos foram entregues. “Assisti a uma live no Instagram sobre um grupo que foi lesado por uma agência de turismo e fiquei surpresa ao constatar que era a agência da Karen”, disse Ariadne.

Foi a partir desta live que a mãe ligou o sinal de alerta e constatou a falsificação dos documentos. Durante a live, Karen confirmou a emissão das passagens falsas e afirmou também ter sido vítima do ex-marido Gabriel da Silva Hoegen. Ariadne diz que Gabriel afirmou o mesmo sobre a ex-companheira. A Confederação e os atletas registraram boletim de ocorrência relatando o caso.

Os atletas continuam treinando com a esperança de reaver o dinheiro ou conseguir novos patrocínios. Eles precisam embarcar até o próximo dia 7 de novembro. Quem quiser ajudar, pode oferecer patrocínio ou participar de uma vaquinha online através deste link https://www.vakinha.com.br/vaquinha/ajude-os-herois-do-silencio-a-chegar-as-olimpiadas-de-surdos-no-japao?utm_source=google&utm_medium=cpc&utm_campaign=Vakinha_google_conversao_search_fundo_11_always-on_institucional_site-passo

Nota Oficial

A CBDS emitiu uma nota denunciando a agência nas redes sociais. “A CBDS já está adotando todas as medidas cabíveis nas esferas administrativa, cível e criminal a fim de garantir a responsabilização de todos os envolvidos e ressarcir os prejuízos sofridos pela Confederação e pelos atletas que representam o Brasil em um dos mais importantes eventos esportivos do mundo”, afirma parte da nota.

A reportagem do ABCD JORNAL procurou os citados, mas nenhum deles respondeu às tentativas de contato. As polícias de São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul foram acionadas e investigam o caso.

Fonte: ABCD Jornal

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