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Caso ocorre no Instituto Federal de São Paulo (IFSP), em Boituva (SP). Unidade afirmou que o processo de contratação de três novos tradutores intérpretes de Libras já está em andamento.

Os estudantes com deficiência auditiva do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFSP), em Boituva (SP), afirmam que estão sendo prejudicados nas aulas devido à falta de intérprete em Libras nas salas.

Léia Nascimento conta que é mãe do Lucas, que estuda automação industrial. Ela afirma que ele e os amigos têm dificuldade em entender as aulas porque não há intérprete.

“Minha preocupação é deles não quererem mais vir na escola. Tem que ter um intérprete pra acompanhar porque se não tiver, como eles vão aprender?”, diz.

No Instituto há apenas um especialista em linguagem de sinais, que não está dando conta de atender a necessidade dos três alunos com deficiencia auditiva. Os estudantes de pedagogia, que antes auxiliavam os alunos, não realizam mais o trabalho voluntário.

Sônia Batista de Oliveira também é mãe de um dos estudantes com deficiência auditiva e afirma que cansou de esperar.

Ela conta que procurou um advogado para que o filho tenha um intérpreto, previsto na lei da inclusão, mas diz que tem medo que ele perca o ano letivo.

“Estamos quase no final do ano e nada de bom aconteceu até agora. O ano está sendo perdido. Às vezes eu acho que essa lei da inclusão é uma palhaçada, porque na hora que precisa a gente não nada disso”, diz.

Em abril deste ano, a reportagem da TV TEM mostrou as dificuldades que os alunos enfrentam pela falta dos profissionais. Na ocasião, a direção reconheceu a situação e disse que estava tentando resolver a questão, porém nada mudou.

Em nota, a assessoria de imprensa do IFSP afirmou que o processo de contratação de três novos tradutores intérpretes de Libras já está em andamento.

Nos próximos dias o edital deve ser publicado no diário oficial para chamamento emergencial dessas vagas.

O processo pode demorar mais alguns dias, e o candidato selecionado pode escolher outros locais, não obrigatoriamente o campus de Boituva, ressaltou a assessoria.

Ainda segundo a assessoria, conforme orientação do Ministério Público, o concurso foi feito por fila única no estado e o edital não determinava o local de trabalho dos profissionais.

Se Boituva for escolhida pelo candidato, o processo de nomeação, até o inicio das atividades, pode levar 45 dias.

Fonte: G1 Globo

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