Comunicado conjunto do Núcleo Incluir e das pró-reitorias de Gestão de Pessoas e de Assuntos Estudantis orienta sobre o tema na Universidade
Diante da situação dos serviços de tradução e interpretação para Língua Brasileira de Sinais (Libras) na UFRGS, um comunicado conjunto para elucidar o tema foi publicado pela Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas (Progesp), pela Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis (Prae) e pelo Núcleo de Inclusão e Acessibilidade (Incluir). A nota indica que o número atual de tradutores e intérpretes é insuficiente para dar conta das demandas da Universidade, e a UFRGS tem se organizado para suprir o serviço de forma emergencial, mesmo diante da situação de veto de concursos para vagas na área.
O texto aponta que os serviços prestados pela empresa terceirizada em primeiro lugar na licitação “têm se mostrado ineficientes tanto no preenchimento dos postos, quanto na escolha dos poucos profissionais que conseguiu alocar, sem a qualificação exigida para atuar no ensino superior”. A instituição já iniciou o chamamento da segunda colocada no processo licitatório e estuda alternativas, como uma contratação emergencial e nova consulta ao Ministério da Educação (MEC) para recuperar vagas temporárias descontinuadas.
Além disso, a UFRGS mantém a cobrança junto aos órgãos federais para a realização de concursos públicos, reforçando o compromisso com uma universidade pública, gratuita, inclusiva e acessível.
A nota em Libras
Leia a nota conjunta
Informação à comunidade da UFRGS sobre a situação dos serviços de tradução e interpretação para Libras
A Universidade Federal do Rio Grande do Sul recebe estudantes surdos usuários da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS), desde a década dos anos de 1990. Desde então, iniciou-se a busca por atender a acessibilidade comunicacional exigida, para que estes estudantes estejam em igualdade de condições com seus colegas, direito esse assegurado por lei. Várias formas de contratação de tradutores intérpretes de LIBRAS (TILS) foram usadas, até que em 2013 realizou-se o primeiro concurso para o cargo. No momento, temos seis TILS em exercício, para dar atendimento a todas as demandas da Universidade.
Diante do número crescente de solicitações e estando o concurso vedado pelo governo federal para esse cargo, tal situação levou-nos à terceirização para a composição de mais seis postos de TILS. Os atuais serviços prestados pela contratada têm se mostrado ineficientes tanto no preenchimento dos postos, quanto na escolha dos poucos profissionais que conseguiu alocar, sem a qualificação exigida para atuar no Ensino Superior, fato esse que gerou reclamações dos estudantes surdos, inclusive na Ouvidoria.
Manifestamos nosso profundo descontentamento com o prejuízo que tal situação está causando a estudantes, servidores e demais membros da comunidade universitária e sociedade, que estão desassistidos e com os serviços limitados.
Já estamos trabalhando para resolver a curto prazo a situação. Paralelamente ao processo de chamamento da empresa segunda colocada na licitação, um processo emergencial está sendo montado, assim como uma nova consulta ao MEC sobre a possibilidade de reaver vagas de contratação temporária que tínhamos, mas que foram descontinuadas em outra gestão.
Mantemos junto aos órgãos federais responsáveis, a cobrança histórica da realização de concursos públicos para tais vagas, atendendo a exigência atual da sociedade e de uma UFRGS cada vez mais diversa.
Prosseguiremos no intuito de garantir uma Universidade Pública, Gratuita, Inclusiva e Acessível, com qualidade e compromisso social.
Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas (PROGESP)
Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis (PRAE)
Núcleo de Inclusão de Acessibilidade (INCLUIR)”
Fonte: UFRGS