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As professoras Ianele Vital e Débora Nolasco são da Ufac e elaboraram projeto que traduz palavras regionais para a língua de sinais. Material deve ser disponibilizado na internet para comunidade surda.

As professoras Ianele Vital e Débora Nolasco da Universidade Federal do Acre (Ufac) criaram um projeto que traduz palavras típicas do Acre para a língua dos sinais. Além de traduzir, a dupla vai disponibilizar o material na internet.

Nesta terça-feira (24) foi o Dia Nacional da Língua Brasileia de Sinais. Um dos materiais do projeto foi a tradução para a língua de sinais os nomes das cidades do Acre. O material, divulgado nas redes sociais e em um canal do YouTube, faz parte do Projeto Catalogação e Gravação dos Pontos Turísticos do Estado do Acre.

“Surgiu da necessidade de catalogarmos e registrarmos os sinais, pontos turísticos, comidas típicas. Algumas palavras são gírias na nossa região, especificamente de Rio Branco devido a demanda de sabermos que a Libras é uma língua visual espacial, nacional, porém, tem o regionalismo também como tem na língua portuguesa”, contou a professora Ianele Vital.

É em uma sala que tudo acontece. As duas trabalham em equipe, cada vídeo tem, em média, cinco minutos, além de trazer as palavras regionalizadas também explicam a criação de sinais que tem variação cultural.

A professora Débora perdeu a audição com cinco ano ao ter meningite. Para ela, participar é poder ampliar o alcance dessas palavras e de extrema importância para comunidade surda local, nacional e até internacional.

“Me senti muito bem pela necessidade de Rio Branco expandir esse projeto porque ainda não tínhamos. Outros estados do Brasil já têm, mas aqui não havíamos atentado para isso. Em parceria com a Ufac e a professora elaboramos esse projeto e vinculamos, juntamente com interprete, a catalogação dos sinais e registros próprios daqui da difusão da sociedade”, disse que ajuda da professa Ianele.

Ajuda
Ainda segundo Débora, a ideia é também ajudar surdos que visitam o estado e precisam conhecer mais sobre nosso estado. Além disso, a dupla quer que o material seja usado também por estudantes do curso de Libras, que buscam os sinais de outros estados e não tinham os sinais do próprio estado

“É para que a sociedade perceba e veja a importância a comunidade surda. Me sinto valorizada, é um projeto de difusão da informação, da gente registrar e procurando aprimorar o conhecimento. Os surdos de fora não sabe dos municípios e precisam ver e ter esse contato para expandir”, avaliou.

Débora revelou que existem sinais típicos de Rio Branco e do Norte. Exemplo é da palavra açaí, que no Acre é um sinal e no Pará já é outro sinal. Cerca de 30 palavras acreanas já foram traduzidas para a língua de sinal e todas vão virar vídeo para

“Isso é uma variação linguística. Em Porto Velho é outro sinal. Então, é regionalismo. Outro exemplo é da palavra mandioca, que aqui é de um jeito e lá fora é de outro. Estamos mostrando que podem adquirir o sinal nacional e o regional”, complementou.

Veja o vídeo da reportagem da G1, clique aqui.

Fonte: https://g1.globo.com/ac/acre/noticia/2019/04/26/em-projeto-de-inclusao-professoras-traduzem-palavras-tipicas-do-acre-para-libras.ghtml

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