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A data vai oferecer a oportunidade para aumentar a conscientização sobre a importância da língua para a inclusão das pessoas surdas e promover o uso da Língua de Sinais.

A Assembléia Geral das Nações Unidas declarou o 23 de setembro como o “Dia Internacional das Línguas de Sinais”. A resolução foi inicialmente adotada por consenso durante a 48ª reunião da Terceira Comissão da Assembléia Geral das Nações Unidas, realizada em 16 de novembro de 2017 e dia 19 de dezembro de 2017 foi aprovado oficialmente na 72ª Assembléia Geral das Nações Unidas.

A resolução foi proposta por meio da Missão Permanente de Antígua e Barbuda às Nações Unidas, na sequência de um pedido original da Federação Mundial dos Surdos (WFD sigla em inglês para World Federation of the Deaf). A WFD trabalhou com os países membros da ONU para obter o apoio das respectivas Missões Permanentes para que votassem a adoção da resolução como signatários. A resolução recebeu o apoio de 97 Estados Membros da ONU e foi adotada por consenso.

O embaixador Walton Webson, da Missão Permanente de Antígua e Barbuda às Nações Unidas, afirmou que “esta resolução é um marco importante em nossa promessa internacional para não deixar ninguém para trás “. A definição de 23 de setembro como o dia internacional das línguas de sinais é um passo significativo na universalização de todas as comunidades para reconhecer os objetivos estabelecidos no artigo 21 da Convenção da ONU sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência* para atingir nosso objetivo universal de inclusão”.

A escolha de 23 de setembro comemora a data em que a WFD foi criada em 1951. Este dia marca o nascimento de uma organização de defesa de direitos, que tem como um dos seus principais objetivos, a preservação da língua de sinais e da cultura das pessoas surdas como pré-requisitos para a realização dos direitos humanos das pessoas surdas.

O primeiro Dia Internacional de Língua de Sinais será celebrado em 23 de setembro de 2018 como parte da Semana Internacional dos Surdos. “Esta resolução reconhece a importância da língua de sinais e dos serviços em línguas de sinais estarem disponíveis para os surdos o mais cedo possível. Também enfatiza o princípio de nada sobre nós sem nós em termos de trabalhar com comunidades de surdos”, afirmou Colin Allen, presidente da WFD.

Segundo a Ministra para assuntos sobre deficiência da Nova Zelândia, Carmel Sepuloni, “A Nova Zelândia é um dos poucos países que possui uma língua de sinais como língua oficial**. Somos reconhecidos como líderes mundiais pelo nosso compromisso em reconhecer e promover o uso da linguagem de sinais”.

A Língua de Sinais da Nova Zelândia (NZSL) é usada por aproximadamente 20.000 pessoas, incluindo 4.000 pessoas surdas que usam a NZSL (Língua de Sinais Neozelandesa) como sua principal forma de comunicação, segundo o Censo de 2013. No entanto, a pesquisa sugere que, embora o reconhecimento da NZSL esteja melhorando, a aquisição está em declínio. Isso significa que o NZSL pode ser oficialmente descrito como uma língua ameaçada de extinção.  Por isso, a importância de um marco que ofereça a oportunidade para aumentar a conscientização sobre a importância da língua para a inclusão das pessoas surdas.

Fonte/Tradução: ONU – World Federation of the Deaf

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