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Projeto uniu jogos e dinâmicas de forma interdisciplinar, integrando Libras e a disciplina de química. Além de aprender a matéria, jovem conseguiu se comunicar melhor com os colegas.

Se aprender química não é tarefa fácil para quem consegue ouvir e falar normalmente, imagina o tamanho do desafio para quem precisa aprender a matéria em libras. Foi pensando na condição de um dos seus alunos que o professor Franknaldo Pereira, do campus do Instituto Federal em Gurupi, inventou jogos e dinâmicas para facilitar o aprendizado de quem não consegue aprender da forma convencional.

“Me senti desafiado ao ver que ele precisa aprender como qualquer um outro. Então, foi dai que partiram os jogos de uma forma mais lúdica e divertida. Utilizei também a interdisciplinaridade, unindo Libras e química, e com isso consegui passar esses conhecimentos para o aluno”, contou o professor.

Tudo começou com o Israel Lopes, que é deficiente auditivo e não conseguia desenvolver na matéria. “Era muito difícil n passado porque às vezes faltava a língua de sinais. Era muito difícil, mas com a ajuda do interprete isso me ajudou porque consegui desenvolver melhor. Às vezes falta muita inclusão em algumas escolas e eu que sou surdo é muito complicado”, comentou o aluno.

Só que a junção das dinâmicas e a aula em Libras mudou a vida do Israel. Além disso, contagiou todos da turma promovendo inclusão. Para memorizar tudo tem tabela em material reciclável, jogos de batalha naval com a tabela periódica e ainda jogo de cartas onde quem participa precisa descobrir qual é o elemento químico por meio dos sinais.

“Vi o desenvolvimento dele na disciplina de química, o desenvolvimento acadêmico dele e o desenvolvimento social. Ele era uma pessoa muito fechada e agora ficou mais extrovertido, aprendendo a se comunicar através do conhecimento adquirido na disciplina de química e do projeto que foi elaborado”, comemorou o estudante Luiz Fernando Talarico Neto.

Implantação da Língua Brasileira de Sinais foi muito importante para aprendizado estudante. “É muito importante esse trabalho de inclusão. Tivemos a sorte de ter o professor Frank e a professora Milene, que desenvolveram esse projeto e estão trazendo excelentes resultados para a comunidade deficiente auditiva”, comentou o diretor do Instituto Federal do Tocantins de Gurupi, Marcelo Terra.

A ideia do professor agora é expandir o projeto para atender outros públicos que precisam de um ensino mais especializado, como deficientes visuais, autistas e síndrome de Down.

Fonte: https://g1.globo.com/to/tocantins/noticia/2019/12/18/professor-do-ifto-cria-jogos-e-dinamicas-para-ensinar-quimica-a-estudante-surdo.ghtml

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