- Continua depois da publicidade -

Lívia Freitas estuda com Ryan Costa Silva há seis anos, em Araçatuba (SP); foi em sala de aula que ela aprendeu a Língua Brasileira de Sinais par interagir com o amigo.

Dois estudantes de Araçatuba (SP) são nota 10 em exemplo de amizade e empatia, principalmente depois que Lívia Freitas começou a aprender a Língua Brasileira de Sinais (Libras) para se comunicar com o amigo, que é surdo.

A menina estuda com Ryan Costa Silva há seis anos, e foi na sala de aula onde ela passou a se dedicar para aprender a língua de sinais.

“Comecei a me interessar para poder ajudar ele na matéria, para interagir mais. Eu acho importante, porque quando ele crescer ele não vai ficar tão isolado”, explica.

Em sala de aula, Ryan conta com o apoio de Mayla Ferreira Pavazzei, que é professora habilitada em Libras, mas o empenho de Lívia facilitou na inclusão do amigo e foi fundamental para consolidar um laço entre as crianças.

Segundo Mayla, a presença do Ryan na escola auxilia no desenvolvimento do conhecimento e socialização, além de ser importante para a inclusão.

“É importante para ele como ser humano viver em sociedade e até para as outras crianças esse convívio social”, afirma a professora.

Lívia começou a estudar Libras aos 4 anos, com a auxílio da professora Jurema de Mesquita, que tinha como objetivo ensinar apenas o básico para a interação com surdos.

“Ela foi além e enxergou o Ryan como alguém que precisava dela como cidadã, como alguém que se posiciona na sociedade”, diz Jurema.

Para a família do menino, que tem a mãe, padrasto e irmão também surdos, Lívia foi fundamental para o desenvolvimento de Ryan, que tinha medo de sair do universo familiar por conta da dificuldade de interagir com outras pessoas.

“A mãe dele diz que na educação infantil ele tinha vontade de aprender, brincava muito e foi quando a Lívia e o Ryan se conheceram. Eles andavam juntos e ela tinha vontade de aprender a Libras”, conta Sara Bozolan, tia de Ryan.

O menino afirma que gosta de conversar com a amiga, pois ela o ajuda muito. Já para o ambiente escolar, a cumplicidade deles serve de exemplo para tentar barrar o preconceito.

Fonte: G1

- Publicidade -