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Imagina ir a uma unidade de saúde e não receber atendimento por falta de comunicação? Infelizmente, essa é a realidade de muitos surdos em todo o Brasil e, em Alagoas, não é diferente.

ALAGOAS – Visando garantir os direitos das pessoas com deficiência, o Ministério Público de Alagoas (MPAL) vem se articulando em diversas frentes. Um exemplo disso foram as tratativas que ocorreram na última semana com as Secretarias de Saúde de Maceió e do Estado para dispor sobre a presença de intérpretes de Libras nas unidades de saúde.

A promotora de Justiça Micheline Laurindo Tenório Silveira dos Anjos, que é coordenadora do Núcleo de Defesa da Saúde Pública do MP, explica que, durante as tratativas, os secretários de Saúde se mostraram receptivos a essa demanda da comunidade surda. A Secretaria Estadual inclusive já começou a se mobilizar para a disponibilização de intérpretes de Libras em toda a rede de saúde de Alagoas, destaca a promotora.

Vale lembrar que essa articulação entre o MPAL e a Saúde para tratar sobre a questão foi motivada pelo evento “Direitos fundamentais da pessoa surda: da invisibilidade à inclusão”, realizado no último dia 28 de setembro pelo Núcleo de Direitos Humanos do Ministério Público, com a participação do Núcleo de Saúde Pública, da Promotoria de Urbanismo e da Promotoria de Proteção ao Idoso e à Pessoa com Deficiência.

Na ocasião, membros do MP, servidores e convidados puderam conhecer um pouco mais sobre as demandas da comunidade surda em Alagoas. Uma das questões levantadas pelas palestrantes foi justamente a falta de intérpretes de Libras na Saúde Pública, o que muitas vezes acaba inviabilizando o atendimento adequado a essa população.

“Nos órgãos, sejam eles públicos ou privados, eu acabo tendo que pagar um intérprete para poder me acompanhar naquele espaço. Seria interessante que os setores nesses espaços tivessem pelo menos um profissional de Língua de Sinais ou realizassem a capacitação dos profissionais que ali atuam. A barreira que o surdo enfrenta é justamente na Comunicação”, destacou durante o evento Isabel Alvim, que é pedagoga e especialista em educação inclusiva.

Fonte: MPE/AL

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