Pré-candidato à Câmara dos Deputados pelo Republicanos do DF, Fabiano Guimarães afirma que Bolsonaro “mudou” cultura de acessibilidade
Depois de ter passado cerca de três anos como intérprete oficial do Palácio do Planalto, Fabiano Guimarães pretende levar a pauta da inclusão e da acessibilidade para a Câmara dos Deputados. O ex-intérprete de Língua Brasileira de Sinais (Libras) de Jair Bolsonaro (PL) diz ter sido incentivado por autoridades, como os ex-ministros Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional) e Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos) e pela própria primeira-dama Michelle Bolsonaro – responsável por levantar a bandeira no governo Bolsonaro –, a se candidatar.
“Ela [Michelle] manifestou total apoio a esse nosso projeto, assim como o presidente. Para poder me lançar neste novo projeto, conversei também com os dois. Recebi o respaldo e o apoio dos dois”, diz Fabiano em entrevista ao Metrópoles.
Nas redes sociais, o agora postulante à Câmara dos Deputados ostenta fotos com a primeira-dama. Apesar dessa proximidade, sustenta que era apenas um apoiador no início do governo e afirma que chegou ao posto de intérprete do Planalto por processo seletivo.
Recém-filiado ao Republicanos, Fabiano diz ter recebido convites de outras siglas, como o PL, o Pros e o PRTB, mas escolheu o Republicanos porque entende que a política nacional demanda que apoiadores do presidente estejam espalhados por outras legendas em prol da governabilidade.
Além da inclusão, afirma que suas bandeiras políticas incluem educação, tecnologia, acessibilidade e defesa da família. Ele também se posiciona contrário à legalização do aborto e das drogas. “Em resumo: os pilares do governo”, sintetiza.
Aos 42 anos, Fabiano alega que entrar na política nunca foi um plano, mas acabou acontecendo pela repercussão do trabalho junto a Bolsonaro. Natural de Belford Roxo (RJ), ele reside desde 2019 em Brasília com a esposa e dois filhos, e diz ter se “apaixonado” pela capital federal, por onde lançará sua candidatura.
Assim como Michelle, Fabiano é evangélico, membro da Igreja de Nova Vida. Formado em letras português/espanhol pela Universidade Veiga de Almeida e mestre em educação pela Universidade Estácio de Sá, ele foi professor de educação inclusiva, tradução, interpretação e de Libras no Rio de Janeiro.
Em defesa do governo, diz que a gestão Bolsonaro abriu a porta para acessibilidade. Na visão dele, as políticas viraram políticas de Estado, e não mais de governo.
“O governo abriu a porta para a acessibilidade e para as políticas públicas de inclusão”, afirma, citando ainda outras medidas, como a criação da Secretaria Nacional do Paradesporto, dentro do Ministério do Esporte.
Fonte: Metrópoles