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Na manhã dessa terça-feira, 13, nossa reportagem esteve na unidade escolar e  acompanhou de perto a situação de descaso com dois estudantes do 1º ano. Leandra Reis, de 17 anos, moradora de Ipiaú, e Marcos Vinícius, 20, morador de Ibirataia, estão sem interprete há mais de um mês, quando venceu o contrato de uma estagiária.

BAHIA – Desde então, os alunos acompanham as aulas, mas sem compreender o conteúdo aplicado.

O caso já foi comunicado ao Ministério Público nesta semana. Segundo Vanusa Jesus Silva, que acompanhava Leandra, o MP informou que recomendará ao NTE 22 (Núcleo de Tecnologia Educacional), antiga Direc, que um interprete seja providenciado no prazo máximo de 10 dias.

Nossa reportagem apurou com a direção do Colégio Estadual de Ipiaú que antes do vencimento do contrato da intérprete, ainda no mês de agosto, ela teria enviado ao NTE 22 todos os documentos necessários para a renovação do contrato, no entanto, até o momento, a profissional não foi recontratada ou outro interprete foi indicado para assumir o seu lugar.

A direção do Núcleo de Tecnologia Educacional informou à nossa reportagem que aguarda uma nova licitação para contratação de profissionais na área. Não há previsão de reposição de um intérprete para os alunos do 1º ano do turno matutino do Colégio Estadual de Ipiaú.

Em junho desse ano, outros dois alunos surdos foram prejudicados com a falta de intérprete. À época, os estudantes do 2º ano ganharam apoio de colegas que foram às ruas protestar pela falta de professor intérprete.

Em 2002, através da regulamentação da Lei 10.436/2002, juntamente com o decreto federal 5.626/2005, a Libras foi reconhecida como a língua dos surdos, reconhecendo o seu sistema linguístico de natureza visual-motora, com estrutura gramatical própria, que constitui em um sistema linguístico de transmissão de ideias e fatos. Diante disso os surdos começaram a ter os seus direitos, inclusive o de intérpretes em salas de aulas.

Fonte: Giro Ipiaú

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